Existem algumas variações do founde, como o de chocolate. Existem ainda as variações das variações, como o de Doce de Leite...

Receita: Fondue de Doce de Leite

Existem algumas variações do founde, como o de chocolate. O fondue de chocolate pode ser servido com frutas, pães doces e tubinhos de wafer.

Existem ainda as variações das variações, como o de Doce de Leite… consumido com os mesmos acompanhamentos do fondue de chocolate, super saboroso e fácil de fazer. Aproveite nossa receita e arrase.

Tabela Nutricional: Qual o Tamanho da Porção dos Alimentos?

Como Definir a Porção dos Alimentos na Tabela Nutricional

Eventualmente encontramos produtos alimentícios do mesmo tipo, mas com o tamanho de porção diferente em sua tabela nutricional, causando uma certa confusão ao consumidor, que nem sempre fica atento a essa diferença.
Isso acontece porque a Resolução RDC nº 359, de 23/12/2003, da ANVISA, possui uma vasta lista de alimentos com tamanhos de porções já pré-definidos. No entanto, há alguns produtos que não estão descritos claramente nesta lista e, por isso, necessitam de interpretação durante a elaboração da tabela nutricional.

Como é Definida

Como qualquer tipo de legislação, o que ocorre é que cada pessoa que calcula a tabela nutricional dos produtos que não constam na listagem, pode ter uma interpretação diferente de qual grupo encaixar o produto em questão.
A ANVISA não interfere nessa decisão e deixa a critério de cada fabricante decidir como classificará o alimento. Conforme consulta feita a própria ANVISA n° 2016249610, diz:  “informamos que a GGALI não efetua esse tipo de análise (interpretação de qual porção utilizar caso o alimento não esteja descrito na norma). No entanto, esclarecemos que as porções dos alimentos para fins de rotulagem nutricional que não estão contemplados na legislação devem atender aos critérios estabelecidos na RDC n° 359/2003, nos itens 4 e 5.”

O que é a Porção dos Alimentos

De acordo com a Resolução RDC nº 359, de 23/12/2003, “porção dos alimentos é a quantidade média do alimento que deveria ser consumida por pessoas sadias, maiores de 36 meses de idade em cada ocasião de consumo, com a finalidade de promover uma alimentação saudável e que se tomou como base uma alimentação diária de 2000 Kcal ou 8400 kJ. Os alimentos foram classificados em níveis e grupos de alimentos, determinando-se o valor energético médio que contém cada grupo, o número de porções recomendadas e o valor energético médio que corresponder para cada porção.”

Como Comparar as Tabelas Nutricionais dos Produtos

Alerto para que antes de comparar o teor de qualquer nutriente de qualquer produto alimentício, primeiro observe atentamente o peso da porção em gramas definida na tabela nutricional. Caso os pesos das porções dos produtos que estão sendo comparados sejam diferentes, é necessário fazer os cálculos dos nutrientes para o mesmo peso da porção.
Importante também verificar com seu nutricionista ou médico qual é a sua indicação diária para cada alimento/ nutriente, porque como falado acima, a RDC n° 359/2003 foi elaborada para uma média da população. No entanto, estamos observando em vários estudos que cada pessoa pode possuir uma necessidade especial dos diversos nutrientes.

Exemplo Prático

Um exemplo prático é a Biomassa de Banana Verde, que é um purê ou concentrado vegetal, mas ela é utilizada na culinária como um espessante, semelhante a um amido ou fécula, ou mesmo como um ingrediente para enriquecer os preparos. De acordo com a nutricionista Edna Costa, da Unifesp, em estudos realizados a sugestão de consumo é de duas colheres (sopa) da biomassa de banana verde por dia.
Pela RDC n° 359/2003, a porção do purê ou concentrado vegetal é de 60g (3 colheres de sopa). Dos amidos e féculas, a porção é de 20g (1 colher de sopa). Individualmente, ninguém consome 3 colheres de sopa de Biomassa de Banana Verde em uma refeição.
Considerando que a orientação de consumo individual de Biomassa de Banana Verde é de 2 colheres de sopa por dia e, normalmente, o melhor é dividir em 2 refeições para melhorar a absorção dos nutrientes. Ao elaborar a tabela nutricional da Biomassa de Banana Verde da Essência do Vale, achei mais prático e coerente declarar a porção de 20g.

Nova Rotulagem Nutricional

De acordo com a Instrução Normativa (IN) nº 75/2020, que entrará em vigor em 2022, Tabela de Informação Nutricional passará por mudanças significativas. A primeira delas é que a tabela passa a ter apenas letras pretas e fundo branco. O objetivo é afastar a possibilidade de uso de contrates que atrapalhem na legibilidade das informações.   

Outra alteração será nas informações disponibilizadas na tabela. Passará a ser obrigatória a identificação de açúcares totais e adicionais, a declaração do valor energético e nutricional por 100g ou 100ml, para ajudar na comparação de produtos, e o número de porções por embalagem.  

Essa mudança, na minha opinião, será muito importante para ajudar o consumidor a decidir qual alimento consumir, sem a necessidade de fazer cálculos da quantidade de nutrientes.

Obrigada por mais essa oportunidade de passar informação para você!

Helena Muzzi

 

Como Degustar Um Vinho, Sem Ser Um “Eno-Chato” – Parte II

[:pb]

*Niazi Rubez

Na edição anterior  falei dos requisitos básicos do ambiente para sua degustação.

Agora trataremos da degustação em si.

A degustação segue alguns passos padronizados que são um roteiro para não nos perdermos. Como na Semiologia Radiológica.

Primeira dica: relaxe.

Você não é especialista nem crítico de revistas especializadas. O que você quer é conhecer o vinho, saber suas qualidades e seus defeitos e, assim, poder lembrar dele se a experiência tiver sido agradável ou nunca mais bebe-lo se for o oposto.

A degustação se divide em três passos sequenciais baseados em nossos sentidos: visão, olfato e paladar.

Análise Visual do Vinho

Na análise visual examinaremos a cor, limpidez, brilho, “pernas” e bolhas. A cor diz muito da idade do vinho variando de púrpura nos tintos jovens até alaranjado nos envelhecidos; e de esverdeado nos brancos jovens a âmbar nos envelhecidos.

A limpidez nos informa principalmente se o vinho passou por filtração em sua produção. Pode ser também causado por erro ao servir um vinho envelhecido, não se procedendo corretamente à decantação. Todo vinho tem brilho, caso contrário pode ter oxidado.

As “pernas” ou “lágrimas” são colunas de líquido que escorrem pelas paredes internas da taça depois que giramos o vinho em seu interior e são causadas pelo álcool e açúcar: quanto mais numerosas mais alcoólico ou doce o vinho.

As bolhas se aplicam somente aos espumantes e champanhes. Quanto menores, mais numerosas e constantes ao longo do tempo, melhor a bebida.

O Aroma do Vinho

Passemos ao nariz.

Devemos girar levemente o copo para que o vinho circule em seu interior e libere seus aromas. Aqui mais do que em qualquer outra fase requer concentração e relaxamento ao mesmo tempo. Após agitar o copo expire profundamente, aproxime seu nariz da borda e inspire profundamente.

Deixe sua imaginação correr: lembre-se dos aromas de sua infância, faça um exercício de memória. Tente classificar a intensidade do aroma em leve, moderado ou intenso. Depois tente identificar o tipo de aroma que predomina, sempre pensando em coisas que você conhece: vegetais, frutas, especiarias ou temperos, minerais, madeira, fumo, couro, etc.

Esta é a hora predileta dos eno-chatos. É neste momento que ele usa tudo que já leu e começa a descrever “aroma de pele de Castor molhada”, ou “um característico sous-bois típico dos vinhos da Borgonha”. Não se deixe intimidar.

A análise olfativa do vinho requer prática e conhecimento teórico e, na minha humilde opinião, tem utilidade muito pequena para o apreciador comum. Para o não-especialista deve ser uma gostosa brincadeira. O olfato, como sabemos, é um dos sentidos mais ligados à memória e à emoção. Se você se preocupar em sentir o tal “Castor molhado” não sentirá mais nada  (eu pessoalmente nunca vi um Castor, nem seco).

O Paladar do Vinho

Finalmente leve o copo à boca e sorva uma pequena quantidade. Devemos analisar a doçura (ou açúcar), acidez, tanino (exceto nos brancos e espumantes), álcool, corpo, permanência, intensidade e complexidade. Muita informação? Então no início tente se concentrar nos pilares: açúcar, acidez, tanino e álcool.

Aqui teremos de voltar aos nossos tempos de faculdade e lembrarmo-nos da fisiologia do paladar. A sensibilidade dos diferentes gostos se divide na língua em regiões: doce na ponta da língua, acidez nas bordas laterais, amargor na região central posterior. O tanino é sentido em toda a boca como uma sensação de “secura” ( é a mesma sensação de quando comemos uma fruta verde, uma banana verde, por exemplo). O álcool dá uma sensação de calor na boca.

Agora você está pronto! Chame alguns amigos e pratique. Mas sem stress.

Referência: ROBINSON, Jancis. The Oxford Companion to Wine, Segunda Edição, Oxford: Oxford University Press, 1999

*Radiologista Membro Titular do Colégio Brasileiro de Radiologia. Pós-Graduando em Gastronomia: Vinhos e Bebidas no Centro Universitário do SENAC – São Paulo. E-mail: [email protected]

Acesse o Blog BonVieVin e aprenda mais sobre vinhos.[:en]O Brasil é uma “criança” em termos de consumo de vinho. Nosso consumo em litros per capita por ano gira em torno de 1,8 litros. Para comparação, o país com maior consumo é Luxemburgo com algo em torno de 60 litros/per capita/ano.

Não temos tradição de consumo de vinho, exceto em algumas regiões com forte presença de imigração européia, como Rio Grande do Sul e São Paulo.

Como uma criança, estamos encantados com a novidade (pelo menos para nós, já que o vinho deve ter pelo menos 9000 anos de idade). E sempre que temos contato com uma cultura nova temos algumas reações mais ou menos típicas que vão desde o intimidamento passando pelo deslumbramento até a afetação. Qual de nós não ficou intimidado por uma Carta de Vinhos de um restaurante? E o supermercado então? Prateleiras de vinhos pelas quais perambulamos sem conseguir escolher uma simples garrafa para acompanhar nossa prosaica lasanha.

Alguns procuram se informar e estudar. Eis que surge o “eno-chato”. Aquela pessoa que quer a todo custo mostrar seu conhecimento sobre vinho e transforma o simples ato de beber numa “master class” (na opinião dele, e um suplício na de seus convivas).

Existe uma grande diferença entre beber um bom vinho com os amigos ou familiares e degustar.

Segundo a inglesa Jancis Robinson (1999, p.688), uma das maiores autoras no mundo do vinho, degustar é o “ato de conscientemente avaliar a qualidade, característica ou identidade de um vinho. Certamente não é sinônimo, não necessariamente simultâneo nem acompanhado do ato de beber”.

Degustar é um ato que alia intelectualidade e o uso de quatro de nossos sentidos: visão, olfato, tato e paladar. Exige atenção e compromisso.Mas se o seu interesse é conhecer vinhos não há outro caminho: estudar e degustar.

A melhor forma é reunir um grupo de amigos e montar um grupo de degustação. O número de pessoas ideal é aquele que permite a troca de experiências e impressões sem cair na confusão: algo entre seis e dez pessoas. Com o grupo você poderá provar em uma sessão de três a quatro vinhos, algo que sozinho nunca conseguiria.

Antes é preciso estabelecer o cenário ideal. São algumas medidas muito simples que contribuirão para que se tire o máximo de informações dos vinhos. Mas cuidado com os exageros. Lembre-se do eno-chato.

O horário: os profissionais preferem degustar pela manhã, quando estamos mais atentos, descansados e com o paladar limpo. Certamente não é o seu caso. Mas procure degustar quando estiver descansado e com a mente relaxada.

O ambiente ideal para uma degustação deve ser arejado para permitir a circulação de ar, longe de locais com odores fortes que possam encobrir os aromas do vinho. Assunto delicado: perfumes não são bem vindos em degustações. Perfume é muito bom, mas a estrela aromática da noite é o vinho, não você.

A iluminação deve ser adequada. Uma sala muito escura prejudicará a análise visual.

A mesa deve ser coberta com uma toalha branca para permitir a análise do vinho contra um fundo neutro.

Os acompanhamentos ideais para uma degustação de vinho são a água e o pão. A água lava a boca entre uma amostra e outra. E o pão ativa nossas papilas gustativas.

A taça ideal de degustação deve ser de cristal transparente, com medidas que permitam que o vinho tenha contato com o ar e que se possa agita-lo. Deve ter uma haste para que se possa segurá-la, impedindo que seguremos pelo bojo e que nossa mão aqueça o conteúdo. Já existe no mercado brasileiro a taça ISO, que é a taça oficial das degustações profissionais.

Não se esqueça de caneta e fichas de degustação. Existem vários modelos de fichas de degustação que podem parecer complicadas num primeiro momento, mas são muito didáticas. Caso você resista em usá-las pelo menos anote num caderno os vinhos provados e suas impressões.

A degustação ideal deve ser às cegas. Assim, quem prova não é influenciado por fatores de marketing e preço. As garrafas devem ser cobertas por sacos de papel pardo para impedir a visualização dos rótulos. Assim ficará assegurada a degustação de vinhos e não de rótulos.

Pronto, você e seus amigos estão prontos para extrair do vinho o máximo de informações. Na segunda parte deste artigo falarei sobre os passos da degustação.

FIM DA PRIMEIRA PARTE

Referência: ROBINSON, Jancis. The Oxford Companion to Wine, Segunda Edição, Oxford: Oxford University Press, 1999

*Radiologista Membro Titular do Colégio Brasileiro de Radiologia. Pós-Graduando em Gastronomia: Vinhos e Bebidas no Centro Universitário do SENAC – São Paulo. E-mail: [email protected]

Acesse o Blog BonVieVin e aprenda mais sobre vinhos.[:]