Conservação dos Alimentos: Pasteurização Artesanal

[:pb]Em 2016, estive em um Workshop sobre a regulamentação para gestão de produtos alergênicos (detalhes a parte eu redigi esse artigo em 2017 e agora que estou postando muito material que eu tinha guardado)…

Em uma das palestras, uma pesquisadora, disse: “normalmente se coloca qualquer porcaria dentro de uma embalagem hermética, pasteuriza, depois, diz que é produto natural”… Isso ficou gravado em minha mente por um longo tempo e me fez refletir sobre vários aspectos ao que ela se referia, afinal é uma pesquisadora de muito conhecimento!

Na verdade, ela tem um pouco de razão, as vezes nos deparamos com produtos destinados a algum tipo de dieta, com ingredientes artificiais e conservantes; rótulos que tratam o produto como a oitava maravilha ou que induzem o consumidor a achar que o produto faz milagres para a saúde…

Enfim, esses assuntos rendem outros artigos no futuro…

Conservação dos Alimentos por Pasteurização

Durante toda história há registros de vários processos de conservação dos alimentos: salga, fermentação, defumação, secagem e etc. Segundo Prof. Luís César Silva da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, “O processo de apertização (pasteurização como é conhecida) foi inventado em 1809 pelo confeiteiro parisiense Nicolas Appert, que ganhou o prêmio de 12.000 francos em um concurso proposto pelo imperador Napoleão Bonaparte. A invenção consistia em um método para conservar alimentos por um longo período de tempo, acondicionando os produtos elaborados em jarros hermeticamente fechados, para então, aplicar calor por meio de banho-maria por um determinado período de tempo. Em 1810, Peter Durand patenteou um processo semelhante, porém empregava latas confeccionadas em chapas metálicas revestidas de estanho. Para lacrar as latas, as tampas eram soldadas utilizando estanho. Já em 1813, o exército e marinha britânica utilizavam carnes, sopas e várias combinações de legumes enlatados. Um exemplo da eficácia do método de apertização deu-se pelo achado de duas latas deixadas pelo Capitão Edward Parry em uma expedição ao Ártico em 1824. Estas latas foram encontradas em 1911, 87 anos depois, em boas condições e continham, respectivamente, ervilhas e carne de boi. Um grande impulso ao processo de apertização ocorreu em 1904, com a invenção das latas recravadas pela empresa Sanitary Can Company. Recravação é uma operação que consiste em lacrar as latas por meio mecânico. Para tanto, são procedidas dobraduras das extremidades da tampa junto ao corpo das latas, sendo empregado o equipamento denominado recravadeira.”

Produção Artesanal x Conservação dos Alimentos

O processo de #apertizacao é muito democrático, pode ser utilizado por empresas de alimentos de todos os tamanhos.

Na produção artesanal de conservas é o método mais utilizado, eficaz e sustentável, pois consiste na embalagem dos produtos em potes vidros com tampas herméticas, podendo o envase ser manual. Após o envase, os potes fechados são submetidos ao tratamento térmico, ou seja, aquecimento em água fervente e posterior resfriamento em água corrente.

A durabilidade do produto vai depender de 4 fatores fundamentais:

– qualidade da matéria prima;
– higiene durante todo o preparo e envase do alimento;
– tempo de aquecimento do produto;
– resfriamento rápido do produto.

Na época de Nicolas Appert e Louis Pasteur (idealizador da pasteurização), não havia indústria de aditivos químicos, todas as conservas eram elaboradas sem esse tipo de ingrediente. Portanto, é totalmente possível produzir um alimento, sem a adição de conservantes químicos e que tenha longa durabilidade.

Cabe as empresas, que utilizam esse processo, zelarem pela qualidade e higiene das matérias primas, o quanto mais natural e fresco melhor… Principalmente, com relação aos temperos, pois incluir temperos naturais em receitas de produtos demandam critérios higiênico-sanitários rigorosos, sobretudo mão-de-obra treinada para prepará-los para serem utilizados de forma correta e segura, para evitar a contaminação do produto. Isso dificulta e encarece o processo produtivo, no entanto, o produto final é mais saboroso e saudável…assim como os Essência do Vale.

Abraços e até o próximo post…

Helena Muzzi
Engenheira de Alimentos[:en]No dia 05/05/2016, estive em um Workshop sobre a regulamentação para gestão de produtos alergênicos. Em uma das palestras, uma pesquisadora, disse: “normalmente se coloca qualquer porcaria dentro de uma embalagem hermética, pasteuriza, depois, diz que é produto natural“… Isso ficou gravado em minha mente por um longo tempo e me fez refletir sobre vários aspectos ao que ela se referia, afinal é uma pesquisadora de muito conhecimento!

Na verdade, ela tem um pouco de razão, as vezes nos deparamos com produtos destinados a algum tipo de dieta com restrição, com muitos ingredientes artificiais e conservantes; rótulos que tratam o produto como a oitava maravilha ou que induzem o consumidor a achar que o produto faz milagres para a saúde…

Enfim, esses assuntos rendem outros artigos no futuro…

Como a Pasteurização foi Desenvolvida

Durante toda história há registros de vários processos de conservação dos alimentos, salga, fermentação, defumação, secagem e etc. Segundo Prof. Luís César Silva da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, “O processo de apertização (pasteurização como é conhecida) foi inventado em 1809 pelo confeiteiro parisiense Nicolas Appert, que ganhou o prêmio de 12.000 francos em um concurso proposto pelo imperador Napoleão Bonaparte. A invenção consistia em um método para conservar alimentos por um longo período de tempo, acondicionando os produtos elaborados em jarros hermeticamente fechados, então, aplicar calor por meio de banho-maria por um determinado período de tempo. Em 1810, Peter Durand patenteou um processo semelhante, porém empregava latas confeccionadas em chapas metálicas revestidas de estanho. Para lacrar as latas, as tampas eram soldadas utilizando estanho. Já em 1813, o exército e marinha britânica utilizavam carnes, sopas e várias combinações de legumes enlatados. Um exemplo da eficácia do método de apertização deu-se pelo achado de duas latas deixadas pelo Capitão Edward Parry em uma expedição ao Ártico em 1824. Estas latas foram encontradas em 1911, 87 anos depois, em boas condições e continham, respectivamente, ervilhas e carne de boi. Um grande impulso ao processo de apertização ocorreu em 1904, com a invenção das latas recravadas pela empresa Sanitary Can Company. Recravação é uma operação que consiste em lacrar as latas por meio mecânico. Para tanto, são procedidas dobraduras das extremidades da tampa junto ao corpo das latas, sendo empregado o equipamento denominado recravadeira.”

Produção Artesanal x Conservação dos Alimentos

O processo de #apertizacao é muito democrático, pode ser utilizado por empresas de alimentos de todos os tamanhos.

Na produção artesanal de conservas é o método mais utilizado, eficaz e sustentável, pois consiste na embalagem dos produtos em potes vidros com tampas herméticas, podendo o envase ser manual. Após o envase, os potes fechados são submetidos ao tratamento térmico, ou seja, aquecimento em água fervente e posterior resfriamento em água corrente.

A durabilidade do produto vai depender de 4 fatores fundamentais:

– qualidade da matéria prima;
– higiene durante todo o preparo e envase do alimento;
– tempo de aquecimento do produto;
– resfriamento rápido do produto.

Na época de Nicolas Appert, Louis Pasteur (idealizador da pasteurização), não havia indústria de aditivos químicos, todas as conservas eram elaboradas sem esse tipo de ingrediente, portanto, é totalmente possível produzir um alimento, sem a adição de conservantes químicos e que tenha longa durabilidade.

Cabe as empresas zelarem pela qualidade e higiene das matérias primas que utilizam, o quanto mais natural melhor… Principalmente, com relação aos temperos, pois incluir temperos naturais em receitas de produtos demandam critérios higiênico-sanitários rigoroso, sobretudo mão-de-obra treinada para prepará-los para serem utilizados de forma correta e segura, para evitar a contaminação do produto. Isso dificulta e encarece o processo produtivo, no entanto, o produto final é mais saboroso e saudável…assim como os #EssenciadoVale.

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Pimentas podem ser benéficas à minha saúde?

A comunidade científica está sempre procurando novas maneiras de melhorar a nossa qualidade de vida e combater doenças. Com o avanço das pesquisas na área da medicina e, consequentemente, na nutrição, é comum encontrarmos teorias sobre alimentos que, além de nutrir, podem ter características medicinais.

Esses super alimentos são também chamados de funcionais: aqueles que tem na sua composição algum nutriente ou composto que age de maneira benéfica no nosso organismo, fortalecendo o sistema imunológico ou reduzindo riscos de desenvolver doenças.

Na extensa lista destes alimentos podemos encontrar alguns utilizados no nosso dia a dia, como é o caso da pimenta.

Porque a pimenta é um alimento funcional?

A pimenta contém, em sua composição, um composto químico chamado capsaicina, que é responsável pela sensação de ardência causada por este alimento.

Ela é relacionada com a alteração de funções corporais como a melhora da circulação sanguínea (por causa de seu efeito vasodilatador) e melhora da digestão.

A capsaicina ainda é conhecida por seu efeito termogênico, que é sua característica mais estudada, já que está relacionada com o aumento do metabolismo corporal.

Efeito termogênico

Muitos profissionais da saúde tem divulgado o uso dos mais diversos tipos de pimenta na alimentação, com a justificativa de que auxilia no controle de peso. De fato, a pimenta apresenta efeito termogênico cientificamente comprovado, podendo ser observado um aumento do metabolismo corporal após a ingestão de uma pequena quantidade deste produto.

A relação deste aumento com a consequente perda de peso ainda está sendo questionada e estudada por universidades e centros de pesquisa de todo o mundo. Apesar de encontrar indícios de que o controle do peso pode ser favorecido com a ingestão da pimenta, não é possível afirmar com certeza se esta é uma das mais variadas características da capsaicina.

Outros benefícios da pimenta

Além da poderosa capsaicina, a pimenta apresenta outros nutrientes que podem ser benéficos ao organismo humano. Elas são fonte importante de vitamina C, ferro, cálcio, vitamina A e vitaminas do complexo B, além de também conterem licopeno em sua composição.

O licopeno e a vitamina C, especialmente, são importantes antioxidantes provenientes da nossa alimentação, atuando na prevenção de doenças como a diabetes, o colesterol alto e, até mesmo, alguns tipos de câncer.

Quais são os melhores tipos de pimentas para a saúde?

Levando em consideração a concentração de capsaicina na composição, as pimentas mais fortes, ou com maior ardência, são mais ricas neste composto químico, podendo favorecer seu efeito termogênico, vasodilatador e analgésico.

Mas isso não significa que as pimentas de sabor suave, como a pimenta biquinho, não tenham seu valor nutricional – quanto mais vermelha sua casca e mais suculenta sua polpa, mais ricas em vitamina C e licopeno essas pimentas serão. Por isto não existe a espécie de pimenta mais saudável; todas tem suas características importantes para a nossa alimentação.

Opinião Final

Para manter a saúde é necessário aliar vários fatores: alimentação e hábitos saudáveis… Para qualquer tipo de mudança em sua alimentação, consulte um médico ou nutricionista. Não existe milagre, existe foco e disciplina!

Levou em consideração começar a temperar seus pratos com pimenta? Elas podem ser uma boa solução para melhorar a qualidade da sua alimentação, além de oferecer ousadia e sabor para a nossa culinária. Clique aqui e confira nossa variedade de pimentas

Abraços e até o próximo post!

Helena Muzzi
Engenheira de Alimentos


 

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